Saturday 29 August 2009

Things to do before dying

- get a proper job and not just a sequence of scholarships
- learn how to cook wonderfully
- learn how to dance the tango properly
- visit Spain (Granada, Salamanca, Barcelona)
- visit Turkey
- see the face of my loved one when I say "you're going to be a dad"
- see the face of my dad when I say "you're going to be a granddad"
- see the face of my granddad when I say "you're going to be a greatgranddad"
- fall in love again and again with the same person
- wear a white wedding gown
- to hear my child's laugh

I wanna know when exactly I'll start ticking things off this list...
Why 'Henry' doesn't show up and tells me everything is going to be ok?

four years...

...i've spent on this road
four years trying to move on
feeling that i was walking alone

for now i just want to be ok
I don't want to feel sad anymore
I have my life, i have my friends
and i don't want to be no one's backup plan

that's how i've been feeling
a plan B, a possibility
a turn on the road
not a road by itself
not a final destination

the romantic in me tells me to wait for 'Henry'
the reality in me tells me there is no 'Henry'
but only a sequence of short stories

I don't want to be a short story
I want to be a novel
Not poetry, but prose...

Tuesday 25 August 2009

De tudo ficaram três coisas...

"De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estamos começando,
a certeza de que é preciso continuar
e a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar.
Portanto, façamos da interrupção um caminho novo,
da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte
e da procura um encontro".

Fernando Sabino

Friday 21 August 2009

Time traveler's wife



Broken

"The broken clock is a comfort
it helps me sleep tonight
Maybe it can stop tomorrow
from stealing all my time

And I am here still waiting
though I still have my doubts
I am damaged at best,
like you've already figured out

I'm falling apart,
I'm barely breathing
With a broken heart
that's still beating
In the pain there is healing
In your name I find meaning
So I'm holdin' on, I'm holdin' on, I'm holdin' on
I'm barely holdin' on to you

The broken locks were a warning
you got inside my head
I tried my best to be guarded,
I'm an open book instead

I still see your reflection
inside of my eyes
They are looking for a purpose,
they're still looking for life

I'm falling apart,
I'm barely breathing
With a broken heart
that's still beating
In the pain there is healing
In your name I find meaning
So I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm barely holdin' on to you

I'm hangin' on another day
Just to see what you will throw my way
And I'm hanging on to the words you say
You said that I will be OK

The broken lights on the freeway
left me here alone
I may have lost my way now
haven't forgotten my way home

I'm falling apart,
I'm barely breathing
With a broken heart
that's still beating
In the pain there is healing
In your name I find meaning
So I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm holdin' on (I'm still holdin')
I'm barely holdin' on to you"

Lifehouse

http://www.youtube.com/watch?v=USUDlMBR-dQ

Thursday 20 August 2009

Acima do sol

""Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...

Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis..."

Wednesday 5 August 2009

"O amor é uma experiência conjunta entre duas pessoas (mas isso não significa que é uma experiência parecida para as duas pessoas envolvidas). Existe o amante e o amado, mas esses dois vêm de países diferentes.
(...)
O valor e a qualidade de qualquer amor é definido só pelo amante. É por isso que muitos de nós preferem amar do que ser amado. Quase todo mundo quer ser o amante.
(...)
O amado teme e odeia o amante e com a melhor das razões. Pois o amante está sempre tentando desnudar quem se ama. O amante deseja qualquer possibilidade de relação com a pessoa amada, mesmo que essa experiência possa lhe trazer apenas a dor".

extraído de The Ballad of the Sad Café
de Carson McCullers

Monday 3 August 2009

O ciclo da auto-sabotagem (2a parte)

Livro de Stanley Rosner e Patricia Hermes

"A escolha do parceiro do casamento é, muitas vezes, a representação da relação mal resolvida com um dos pais, aquele que não conseguiu atender às necessidades do filho. A escolha inconsciente do parceiro representa uma tentativa de "mudar aquele pai/mãe", de conseguir o amor e o carinho que faltou. O resultado se apresenta na forma de queixas do tipo: "não foi isso que eu disse", "ele não me defende". Isto, por sua vez, gera lutas pelo poder, batalhas de vontades, brigas sobre quem está certo e quem está errado. Geralmente, o que vem a seguir é aquela sensação silenciosa, mas bastante incômoda, de estar pisando em ovos, para não desequilibrar a balança.

Às vezes, há uma vaga consciência do que está acontecendo, pensamentos confusos de que o cônjuge está se comportando como o pai/mãe frustrador, mas tais pensamentos são geralmente repelidos. Porque fracassamos no reconhecimento da dinâmica da interação com o cônjuge e porque não queremos nos lembrar inteiramente do impacto prejudicial que aquele pai/mãe teve sobre nós, tendemos a repetir muitas vezes a relação. Temos a expectativa de que, da próxima vez, seremos bem-sucedidos naquilo que queremos. Vivemos com a esperança de que encontraremos, no casamento, a satisfação que não encontramos até agora.

Um outro problema é como os indivíduos reagem ao trauma. A interrupção na comunicação, apresentada de modo tão comum como a causa dos problemas nos relacionamentos, é, na realidade, parte da estrutura de defesa em resposta ao trauma. Não é apenas a interrupção na comunicação verbal, mas na comunicação emocional também. Há um entorpecimento dos sentimentos e da sensibilidade. "Se você não estende a mão para mim, por que eu devo estender a minha para você?" O resultado é que a relação baseia-se em tentativas, na qual cada indivíduo sente necessidade de pisar leve, para evitar qualquer situação incômoda ou real. Com medo de represália, medo da própria raiva, a tendência é isolar-se, calar-se tanto verbalmente quanto emocionalmente.
"Ela não fala comigo" é uma queixa comumente ouvida. Esse estado de alienação é baseado no medo de que o cônjuge se irrite se o outro expuser seus sentimentos. Esse medo também é expresso em termos de fragilidade: "não posso dizer nada, porque ela vai desmoronar, ela é tão sensível". Então o distanciamento continua e fica cada vez maior.
Não expressar sentimentos e reações em palavras, por sua vez, leva a pessoa a não expressão sentimentos em comportamentos e em reações emocionais. "Por que eu deveria dizer como me sinto? Ele não vai me ouvir. Não vai fazer a menor diferença".

Se um dos parceiros arriscar seus medos e reconhecer que a frieza é em razão da evitação da agressão ou da possibilidade de se magoar, então a barreira do silêncio pode começar a ser rompida. É necessário reconhecer que o medo da raiva e o medo da fragilidade são aprendizados trazidos de relacionamentos traumáticos anteriores. "Ela não é minha mãe, que não me defendia quando eu precisava". "Ele não é meu pai, que me fuzilava com os olhos se eu expressasse minha raiva".
Ao alcançar esse reconhecimento, é possível mudar relacionamentos atuais.

A compulsão à repetição é uma forma de traduzir em ação um trauma por meio de um comportamento destrutivo, embora quase sempre o indivíduo não tenha noção de que é exatamente isso que está fazendo.

Há uma grande diferença entre estar em situações difíceis que ocorrem sem que a pessoa tenha consciência do que está acontecendo e o reconhecimento de que há alternativas e que é possível efetivar mudanças em comportamentos de auto-sabotagem. A diferença, a diferença vital, é o reconhecimento. Freud escreveu: "Na verdade, eu sempre soube disso; só que isso não me passava pela cabeça".

Sunday 2 August 2009

O ciclo da auto-sabotagem

Livro de Stanley Rosner e Patricia Hermes

Por que repetimos atitudes que destroem os nossos relacionamentos e nos fazem sofrer


"Há uma vitória e uma derrota - a maior e a melhor das vitórias, a mais baixa e a pior das derrotas -, que cada homem conquista ou sofre não pelas mãos dos outros, mas pelas próprias mãos." ~ Platão, Protágoras


"Recebi em meu consultório um homem para quem tudo parecia correr bem. Louis era um quarentão, um homem de negócios que aparentava ser bem casado, o pai de um grande garoto, como chamava o filho de 10 anos, bem-sucedido na vida pessoal e profissional. Mas me procurou porque estava inquieto, pensando no sentido da vida. Estava tendo um caso com uma mulher que, admitiu, não amava. Mas, mesmo sem amá-la, estava prestes a deixar sua família. Ele não entendia o próprio comportamento, mas sabia que alto estava errado. Além disso, havia jurado que nunca faria com sua família o que o pai fizera com ele. Ele revelou que seu pai havia abandonado a família quando ele tinha a mesma idade do filho - 10 anos. E seu avô paterno também largou a família quando o filho tinha 10 anos. Ele estava prestes a se tornar o terceiro pai na família a abandonar a mulher e os filhos.

Encarar o ciclo de repetição é o primeiro passo para ter algum controle sobre o que a pessoa está provocando inconscientemente.

Pode parecer implausível acreditar que um indivíduo continue agindo exatamente da maneira que o faz sofrer. Concordo que seja um contra-senso. No entanto, é plausível e possível. E ocorre constantemente.

O que é importante sinalizar aqui é que essas vidas são infernizadas e destruídas pela compulsão à repetição. Por compulsão, estou me referindo aqui a um tipo de repetição menos instintiva, uma necessidade inconsciente de repetir muitas vezes um comportamento, um impulso de levar adiante um ato, não importando as consequências, mesmo que destrua a vida e a felicidade de alguém.

Existe um momento em que a pessoa consegue reconhecer essas repetições? É possível se dar conta disso e o ciclo ser rompido realmente? Acredito que as respostas a essas questões sejam "sim". Embora não seja uma tarefa fácil. Indivíduos que passaram a vida construindo uma concepção sobre si e sobre o mundo ao redor de uma determinada percepção equivocada podem ter medo de contestar aquela visão, e isto é compreensível.

É um medo real e imenso, porque envolve a única coisa que precisamos e pela qual ansiamos - o amor.

(...)
A maioria das crianças pequenas acredita que o mundo gira ao seu redor. Com o desenvolvimento normal, esse sentimento gradativamente se dissipa. Entretanto, quando certos pais colocam os filhos no meio de suas próprias vidas e também de seus próprios conflitos, esse processo normal pode ser interrompido. A consequência é que muitas dessas crianças desenvolvem um forte senso de responsabilidade, culpa e de recriminação a si mesmas. Elas recebem de herança uma consciência severa e punitiva, dúvidas sobre si mesmas e falta de confiança. Se algo vai mal com seus pais ou com sua família, acreditam que, além de ser culpa delas, é também sua responsabilidade corrigir os erros e consertar o estrago.

Sepultar sentimentos traumáticos, experiências e memórias de sofrimento acontece a muitas pessoas. Entretanto, enterrar essas experiências não significa que elas estejam mortas. Pelo contrário, elas se incorporam, tornam-se parte indelével da imagem que as pessoas têm de si. Consequentemente, a pessoa não sabe por que age de uma determinada forma, não consegue explicar. Surge uma lacuna entre o que se sente e a base de tais sensações.

A criança que vive no adulto, a criança que sepultou seu passado traumático, revive esse fato várias vezes, tentando inconscientemente dominar aqueles eventos incontroláveis. A finalidade, portanto, é facilitar a mudança, fazer com que chegue à consciência, ajudar a criança indefesa a se tornar o adulto livre, com o controle da própria vida. Com consciência e memória, esses eventos podem ser encarados de modo diferente.

Às vezes, é preciso chegar ao sofrimento para que os problemas sejam resolvidos."